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Relativamente à "cena" do Corregedor e do Procurador, que antecede ao do Enforcado, faremos apenas a sua leitura dramatizada e teceremos alguns comentários a estes tipos.
Vamos dedicar a aula de hoje à leitura do Enforcado, resolvendo depois este questionário. Para contextualizar a cena e o tipo em questão, é importante que leias este texto sobre a abolição da pena de morte.
Síntese das principais informações das cenas (resposta ao questionário)
O Enforcado
Símbolos Cénicos:
- baraço (corda que traz ao pescoço)
Tipo:
- povo (criminoso condenado)
Argumentos de defesa:
- ele havia sido perdoado por Deus ao morrer enforcado
- já tinha sofrido o castigo na prisão
- Garcia Moniz tinha-lhe dito que se se enforcasse iria para o paraíso
Argumentos de Acusação:
- o crime que cometeu (ser criminoso)
- ser ingénuo
O Corregedor e O Procurador
Símbolos Cénicos:
- Corregedor: vara e processos
- Procurador: livros jurídicos
Tipo:
- Corregedor: Juiz corrupto
- Procurador: Funcionário da Coroa corrupto
O Diabo cumprimenta o Corregedor com “Oh amador de perdiz” porque:
- era uma pessoa corrupta
- a perdiz era um símbolo de corrupção
A forma de como o Corregedor inicia diálogo com o Diabo aproxima-se da forma com o Fidalgo também o fez
O Corregedor usa muito o Latim porque:
- é uma língua muito usada em direito
O Diabo responde-lhe
- era para ridicularizar a linguagem utilizada na justiça
- para mostrar que essa linguagem não servia de nada
- poderiam sobre falar bem Latim mas não sabiam aplicar as leis
O Corregedor pergunta “Há’ q-ui meirinho do mar?” porque:
- ele estava habituado a ser servido
O Corregedor pergunta se o poder do barqueiro infernal é maior do que o do próprio Rei porque:
- ele na Terra tinha um grande poder
- não admitia que mandassem nele
Argumentos de acusação do Procurador:
- não tem tempo de se confessar
Argumentos de acusação do Corregedor (o Diabo acusa-o de):
- ter aceitado subornos (ser corrupto)
- ter aceitado subornos até de Judeus (muito mal vistos naquele tipo)
- confessou-se mas mentiu
Argumentos de defesa do Corregedor:
- era a sua mulher que aceitava os subornos
Acho que o argumento usado de defesa do réu foi:
- errado
- o Diabo saberia de tudo
- ele não deveria estar a mentir
- não devia estar a acusar a sua mulher porque depois também ela era condenada
“Irês ao lago dos danados / e verês os escrivães / coma estão tão prosperados” quer dizer que:
- o Corregedor, quando for para o Inferno, vai encontrar os seus colegas (Homens ligados à justiça)
Gil Vicente julgou em simultâneo o Corregedor e o Procurador porque:
- ambos passavam informação
- ambos faziam parte da justiça
(havia cumplicidade entre a justiça e os assuntos do Rei, ambos eram corruptos)
A confissão para eles:
- não era importante: só se confessavam em situações de risco e não diziam a verdade
Quando o Corregedor e o Procurador se aproximam do Anjo, ele:
- reage mal
- fica irritado
- manda-lhes uma praga: atitude nada normal do Anjo
O Parvo acusa-os de:
- roubar coelhos e perdizes
- profanar nos campanários: levavam a religião de uma forma superficial
Desenlace:
- Inferno
No Inferno o Corregedor dialoga com Brízida Vaz porque:
- já se conheceriam da vida terrena
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