Estamos prestes a iniciar uma grande aventura... uma aventura marítima, mitológica, histórica, através da leitura de uma das obras mais belas e ricas de todos os tempos: Os Lusíadas. Esta é uma obra que todos os portugueses devem conhecer, pois descreve-nos, representa-nos, traça um retrato do Portugal da época do seu autor, um retrato de valentia e heroísmo.
A este respeito, escreve Manuel Alegre,
«A minha primeira relação com Camões foi uma relação de culto. Dizer Camões era a mesma coisa que dizer Poesia e dizer Portugal. Meu pai explicou-me que as figuras máximas de outros povos eram reis, santos, guerreiros. A nossa era um poeta.
-Um país não se faz só com vitórias militares - dizia ele. Faz-se com livros. O território pode ser ocupado, um livro como Os Lusíadas não. Mesmo quando perdemos a independência, não deixámos de ser nós mesmos nem de falar a nossa língua. Já tínhamos Os Lusíadas. E um povo que tem um livro assim nunca deixa de ser um povo soberano. É o nosso bilhete de identidade, é o nosso livro.
E dizia "o nosso livro" com os olhos húmidos, como se fosse o livro sagrado dos portugueses.»
É claro que não vamos estudar todo o texto, mas uma selecção de excertos/episódios que traduzirão o génio de Luís de Camões e vos permitirão reconhecer o seu estilo inconfundível. Tendo em conta a complexidade de algumas passagens, ser-vos-ão fornecidos outros textos de versões adaptadas aos jovens da autoria de outros escritores portugueses como João de Barros e José Jorge Letria. Estarão também à vossa disposição variados recursos multimédia para alargarem o vosso conhecimento sobre o autor, o contexto histórico-cultural e a própria obra e também a vossa capacidade de interpretação.
A este respeito, escreve Manuel Alegre,
«A minha primeira relação com Camões foi uma relação de culto. Dizer Camões era a mesma coisa que dizer Poesia e dizer Portugal. Meu pai explicou-me que as figuras máximas de outros povos eram reis, santos, guerreiros. A nossa era um poeta.
-Um país não se faz só com vitórias militares - dizia ele. Faz-se com livros. O território pode ser ocupado, um livro como Os Lusíadas não. Mesmo quando perdemos a independência, não deixámos de ser nós mesmos nem de falar a nossa língua. Já tínhamos Os Lusíadas. E um povo que tem um livro assim nunca deixa de ser um povo soberano. É o nosso bilhete de identidade, é o nosso livro.
E dizia "o nosso livro" com os olhos húmidos, como se fosse o livro sagrado dos portugueses.»
Manuel Alegre, Barbi-Ruivo - O Meu Primeiro Camões, Lisboa
Ed. Dom Quixote, 2007 (ilustrações de André Letria)
Ed. Dom Quixote, 2007 (ilustrações de André Letria)
É claro que não vamos estudar todo o texto, mas uma selecção de excertos/episódios que traduzirão o génio de Luís de Camões e vos permitirão reconhecer o seu estilo inconfundível. Tendo em conta a complexidade de algumas passagens, ser-vos-ão fornecidos outros textos de versões adaptadas aos jovens da autoria de outros escritores portugueses como João de Barros e José Jorge Letria. Estarão também à vossa disposição variados recursos multimédia para alargarem o vosso conhecimento sobre o autor, o contexto histórico-cultural e a própria obra e também a vossa capacidade de interpretação.
No final deste módulo, espera-se que detenham as seguintes competências:
- Conhecer (ainda que parcialmente) uma obra fundamental da literatura portuguesa.
- Perceber a especificidade do texto narrativo épico.
- Conhecer aspectos gerais da biografia de Luís de Camões.
- Reconhecer aspectos gerais do contexto histórico-cultural de Camões.
- Identificar os temas fundamentais tratados na obra estudada.
- Identificar a estrutura interna e a estrutura externa da obra.
- Distinguir os diversos planos da obra.
- Analisar criticamente os episódios seleccionados.
- Interpretar competentemente os textos estudados, identificando alguns dos recursos expressivos utilizados pelo poeta.
- Desenvolver competências fundamentais da Língua Portuguesa.
Espero que embarquem nesta aventura como verdadeiros heróis, como os que vão conhecer...
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