Joane, o Parvo
«O parvo Joane é uma figura singular. Desde logo, porque dispensa símbolos cénicos.
É verdade que, tal como os restantes mortos, não tem acesso à barca do Anjo; mas não é objecto da condenação sistemática que todas as outras personagens sofrem. Talvez por, já em vida, se haver colocado à margem de compromissos com o mundo terreno, não revela em cena qualquer temor face ao destino que, depois da morte, o espera.
A sua presença constante em palco permite-lhe intervir, a cada passo, com uma sinceridade desconcertante e bastante cómica.»
Cf. José Augusto Bernardes, Sátira e Lirismo no Teatro Vicentino, Lisboa, Ed. INCM, 2006 [adaptado]
Após a leitura da cena e desta introdução, resolvam este questionário.
Lanço-vos ainda um outro desafio para deixarem em forma de comentário:
Se Joane trouxesse símbolos consigo, quais poderiam eles ser?
Aqui fica mais um resumo de cena para auxiliar o vosso estudo e corrigir/ completar as vossas respostas:
O Parvo (Joanne)
Tipo:
- povo (uma pessoa pobre de espírito)
Não tem referência ao passado porque:
- não agiu com maldade
- não tem pecados
Símbolos cénicos:
- não traz porque os símbolos cénicos estão relacionados com a vida Terrena e os pecados cometidos
- o Parvo não tem qualquer tipo de pecados
Argumentos de defesa:
- Anjo: tudo o que fez foi sem maldade e é simples
O Parvo não usa qualquer tipo de argumento para convencer o Anjo a deixá-lo entrar no Paraíso porque:
- não teve tempo de dizer nada, a sua entrada naquela barca foi autorizada de imediato
- o Anjo deixa-o entrar porque tudo o que fez foi sem maldade
“Quem és tu? / Samica alguém”:
- revela a sua simplicidade
- a resposta está relacionada com o seu destino q é o Paraíso
Caracterização desta personagem:
- não traz símbolos cénicos com ele porque não tem qualquer tipo de pecados
- com simplicidade, ingenuidade e graça, auto-caracteriza-se ao Diabo como “tolo”
- queixa-se de ter morrido
- as suas atitudes ao longo da cena são descontraídas, o que irrita o Diabo que o quer na sua barca
- o Diabo é insultado por ele
- esses insultos revelam a sua pobreza de espírito
- apresenta-se ao Anjo com “Samica alguém” e este diz-lhe q entrará na sua barca, porque tudo o que fez foi sem maldade
A minha opinião sobre esta cena:
- tem uma intenção lúdica: fazendo divertir quem está a assistir a esta peça
- também tem uma intenção de crítica: dizendo q os parvos são pessoas pobres de espírito e não têm intenção de fazer mal
- ajuda muito na crítica e faz os cómicos
Desenlace:
- fica no caís e entra com os Quatro Cavaleiros
7 comentários:
Poderia ser um animal como um cão, porque era uma companhia para ele e assim podia dizer tudo o que queria ao cão sem ninguem lhe dizer o contrario, e acompanhava o para todas as aventuras dele sem percerver ao que ia.
Catarina e Daniela
Os símbolos que Joane trouxesse seria o seu computador portátil,para puder consultar Anedotas online e os resultados do seu club de futebol.
Américo e Tiago
Um mp3 para ouvir as musicas quegostava de ouvir em terra!
O que ele poderia trazer podiam ser varias coisas por exemplo um espelho, um radio , roupas diferentes coisas mais alegres, brinquedos para as criancinhas etc...
Vanessa Santos nº12
o simbolo que ele levaria poderia sere, um espelho, era para ver a cara de parvo que ele era e para se comparar com os outros.
ASS: Ivo e Mineiro
Alguns símbolos são muito originais, como os da Daniela e Catarina, Américo e Tiago (embora descontextualizado) e os do Ivo e Mineiro... mas o pior são os ERROS ORTOGRÁFICOS...
acompanhava-o
percebia
poder
clube
e os de acentuação, claro!
O simbolo que ele poderia levar era uma cruz,para ver se Deus lhe iluminava o caminho e para ver se era melhor para com os outros e para ver se deixava de ser parvo.
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