Auto da Barca do Inferno - Cena do Parvo

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Joane, o Parvo

«O parvo Joane é uma figura singular. Desde logo, porque dispensa símbolos cénicos.
É verdade que, tal como os restantes mortos, não tem acesso à barca do Anjo; mas não é objecto da condenação sistemática que todas as outras personagens sofrem. Talvez por, já em vida, se haver colocado à margem de compromissos com o mundo terreno, não revela em cena qualquer temor face ao destino que, depois da morte, o espera.
A sua presença constante em palco permite-lhe intervir, a cada passo, com uma sinceridade desconcertante e bastante cómica.»

Cf. José Augusto Bernardes, Sátira e Lirismo no Teatro Vicentino, Lisboa, Ed. INCM, 2006 [adaptado]

Após a leitura da cena e desta introdução, resolvam este questionário.

Lanço-vos ainda um outro desafio para deixarem em forma de comentário:
Se Joane trouxesse símbolos consigo, quais poderiam eles ser?

IMPORTANTE

Aqui fica mais um resumo de cena para auxiliar o vosso estudo e corrigir/ completar as vossas respostas:

O Parvo (Joanne)

Tipo:

- povo (uma pessoa pobre de espírito)

Não tem referência ao passado porque:

- não agiu com maldade

- não tem pecados

Símbolos cénicos:

- não traz porque os símbolos cénicos estão relacionados com a vida Terrena e os pecados cometidos

- o Parvo não tem qualquer tipo de pecados

Argumentos de defesa:

- Anjo: tudo o que fez foi sem maldade e é simples

O Parvo não usa qualquer tipo de argumento para convencer o Anjo a deixá-lo entrar no Paraíso porque:

- não teve tempo de dizer nada, a sua entrada naquela barca foi autorizada de imediato

- o Anjo deixa-o entrar porque tudo o que fez foi sem maldade

“Quem és tu? / Samica alguém”:

- revela a sua simplicidade

- a resposta está relacionada com o seu destino q é o Paraíso

Caracterização desta personagem:

- não traz símbolos cénicos com ele porque não tem qualquer tipo de pecados

- com simplicidade, ingenuidade e graça, auto-caracteriza-se ao Diabo como “tolo”

- queixa-se de ter morrido

- as suas atitudes ao longo da cena são descontraídas, o que irrita o Diabo que o quer na sua barca

- o Diabo é insultado por ele

- esses insultos revelam a sua pobreza de espírito

- apresenta-se ao Anjo com “Samica alguém” e este diz-lhe q entrará na sua barca, porque tudo o que fez foi sem maldade

A minha opinião sobre esta cena:

- tem uma intenção lúdica: fazendo divertir quem está a assistir a esta peça

- também tem uma intenção de crítica: dizendo q os parvos são pessoas pobres de espírito e não têm intenção de fazer mal

- ajuda muito na crítica e faz os cómicos

Desenlace:

- fica no caís e entra com os Quatro Cavaleiros


7 comentários:

Unknown disse...

Poderia ser um animal como um cão, porque era uma companhia para ele e assim podia dizer tudo o que queria ao cão sem ninguem lhe dizer o contrario, e acompanhava o para todas as aventuras dele sem percerver ao que ia.

Catarina e Daniela

Unknown disse...

Os símbolos que Joane trouxesse seria o seu computador portátil,para puder consultar Anedotas online e os resultados do seu club de futebol.

Américo e Tiago

Daniel Dias disse...

Um mp3 para ouvir as musicas quegostava de ouvir em terra!

Unknown disse...

O que ele poderia trazer podiam ser varias coisas por exemplo um espelho, um radio , roupas diferentes coisas mais alegres, brinquedos para as criancinhas etc...
Vanessa Santos nº12

Unknown disse...

o simbolo que ele levaria poderia sere, um espelho, era para ver a cara de parvo que ele era e para se comparar com os outros.

ASS: Ivo e Mineiro

Unknown disse...

Alguns símbolos são muito originais, como os da Daniela e Catarina, Américo e Tiago (embora descontextualizado) e os do Ivo e Mineiro... mas o pior são os ERROS ORTOGRÁFICOS...

acompanhava-o
percebia
poder
clube

e os de acentuação, claro!

Unknown disse...

O simbolo que ele poderia levar era uma cruz,para ver se Deus lhe iluminava o caminho e para ver se era melhor para com os outros e para ver se deixava de ser parvo.

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