Auto da Barca do Inferno - Cena do Onzeneiro

sábado, 30 de janeiro de 2010

Mais uma cena, mais uma personagem... A partir da leitura da cena do Onzeneiro, responde a estas questões.

Os diálogos decorrentes da Expressão Escrita serão depois gravados e publicados como Podcast.

AS FICHAS DE TRABALHO COM OS TEXTOS PARA PODCAST CORRIGIDAS FORMA ENVIADAS PARA O E-MAIL DOS RESPECTIVOS ALUNOS. OS INCOMPLETOS DEVEM SER TERMINADOS.

IMPORTANTE

Resumo das principais informações sobre a cena (respostas ao questionário)

O Onzeneiro (Usuário)

Símbolos cénicos:

- bolsão: representa o dinheiro

Tipo:

- burguesia

“Oh! Que má-hora venhais,/ onzeneiro, meu parente!”:

- o Diabo revela, com este tratamento, que Onzeneiro tem semelhanças com ele, é como se fossem membros da mesma família

- o Diabo sempre o ajudou a fazer o mal, a enganar os outros

- agora os papéis invertem-se: é a vez de o Onzeneiro ajudar o Diabo

Argumentos de defesa:

- ter morrido sem esperar

- não ter tido tempo de “apanhar” mais dinheiro (esta queixa mostra que para esta personagem o dinheiro era importante)

- jura ter o bolsão vazio

- precisa de ir à Terra para ir buscar mais dinheiro (para comprar o Paraíso)

Argumentos de acusação:

- Anjo: acusa-o de levar um bolsão cheio de dinheiro e o coração cheio de pecados, cheio de amor pelo dinheiro

- ser avarento

O Onzeneiro é condenado pelo Anjo ao Inferno porque:

- leva o coração cheio de pecados, cheio de amor pelo dinheiro e o bolsão representa esse dinheiro

O Onzeneiro interpreta a recusa do Anjo com:

- que por não ter dinheiro não pode entrar no Paraíso

- ele pensa q com o dinheiro pode comprar tudo e resolver tudo

A vida do Onzeneiro:

- avareza (só pensa em dinheiro)

Gil Vicente dá esta pobre caracterização à vida da personagem porque:

- todas as personagens são personagens tipo

- não podem representar características pessoais

Desenlace:

- Inferno

Projecto «Dicionário Vicentino»


Falo-vos hoje de um projecto diferente que deverão ter concluído até final do módulo, ou seja, até final do segundo período. Aqui podem aceder a uma Wiki, ler a introdução e seguir as instruções. O link ficará também nos links úteis (barra lateral) para a ele acederem mais facil e rapidamente.

É um projecto mega original e constitui mais um documento de avaliação na disciplina, que poderá ser uma base de estudo e de trabalho para outros alunos e professores.

Conto com o vosso empenho!

Auto da Barca do Inferno - Cena do Fidalgo


Depois da leitura dramatizada na sala de aula, resolve agora este questionário de compreensão da cena... com a ajuda da professora, sempre que for necessária. Para as questões do funcionamento da língua, não te esqueças de ler atentamente a informação em anexo.


Ainda em relação à cena do Fidalgo e ao teatro Vicentino, leiam o seguinte texto informativo importante para compreender o cómico de Gil Vicente.

TIPOS DE CÓMICO NO TEATRO VICENTINO
Gil Vicente recorre a várias formas de provocar o riso (ou, pelo menos, o sorriso) nos espectadores/ leitores. De forma esquemática, podemos dizer que há três tipos de cómico nos textos vicentinos: cómico de situação, cómico de linguagem e cómico de carácter/ personagem.
CÓMICO DE SITUAÇÃO- resulta do ridículo da circunstância, em palco, podendo encontrar-se, por exemplo, na reacção das personagens, face aos acontecimentos: suspresa, medo, desilusão, indignação, espanto, aflição, etc.
CÓMICO DE CARÁCTER/ PERSONAGEM- decorre do próprio aspecto da personagem (vestuário, gestos, pose, símbolos cénicos) e da personalidade que encarna (tiques, caprichos, marcas que a tornam ridícula).
CÓMICO DE LINGUAGEM- realiza-se através de trocadilhos, respostas desconcertantes, ironia ou troça, recurso ao calão, uso do latim, etc.

Esta divisão nem sempre é estanque - há tipos de cómico que coexistem e se confundem, em cena.
Com base nesta descrição, podemos analisar os tipos de cómico que se encontram na cena do FIDALGO com os respectivos exemplos.

CÓMICO DE CARÁCTER- o Fidalgo, apesar de morto, mantém a vaidade que teve em vida: aparece com um Pajem que lhe «leva um rabo mui comprido e uma cadeira de espaldas» (sendo, neste caso, também de SITUAÇÃO).
CÓMICO DE SITUAÇÃO- o Fidalgo confunde o Diabo com uma mulher: «Para lá vai a senhora?». O Diabo esclarece de imediato: «Senhor, a vosso serviço».
CÓMICO DE LINGUAGEM- o Diabo grita com o Companheiro, utilizando linguagem pouco polida (calão): «Abaixa-me aramá esse cu!»; o Fidalgo troça do destino apontado pelo Diabo (o Inferno): «Terra é bem sem-sabor»; O Diabo responde às preocupações do Fidalgo que deixou, diz, uma viúva chorosa na outra vida: «E ela, por não te ver/ despenhar-se-á dum cabeço».

IMPORTANTE

SÍNTESE DE INFORMAÇÕES SOBRE A CENA (RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO)

O Fidalgo (Don Arnrique)

Adereços que o caracterizam:

- pajem: desprezo pelos mais pobres

- manto: vaidoso

- cadeira: julgava-se importante e poderoso

Argumentos de Defesa:

- Barca do Inferno é desagradável

- tem alguém na Terra a rezar por ele

- é “fidalgo de solar” e por isso deve entrar na barca do Céu

- é nobre e importante

Tipo:

- nobreza

Argumentos de acusação:

- ter levado uma vida de prazeres, sem se importar com ninguém

- ter sido tirano para com o povo

- ser muito vaidoso

- desprezava o povo

Referência ao pai de Don Anrique porque:

- é uma denuncia social, porque também o pai do Fidalgo já tinha entrado na Barca do Inferno, isto é, toda a classe nobre tinha os mesmos pecados

A movimentação dele em cena:

- 1º foi á barca do Diabo que lhe explica para onde vai a barca e falando sempre em tom de ironia

- depois foi à barca do Paraíso para tentar a sua sorte, mas o Anjo acusa-o de tirania e diz-lhe de q maneira nenhuma pode lá entrar

- o Fidalgo volta para a Barca do Inferno e o Diabo explica-lhe todos os seus pecados, fazendo com que ele fique muito triste e arrependido

Momentos psicológicos da personagem:

- ao princípio o Fidalgo está sereno e seguro que irá para o Paraíso

- dirige-se à barca do Anjo, arrogante, e fica irritado porque ele não lhe responde e mostra-se arrependido e desanimado por ter confiado no seu “Estado”

- no fim dirige-se ao Diabo, mais humilde, pendindo-lhe que o deixe regressar à Terra p ir ter com a amante

Crítica de Gil Vicente nesta cena:

- os nobres viviam como queriam (vida de luxúria)

- pensavam que bastava rezar e ir à missa para ir para o Céu

Características dadas às mulheres desse tempo:

- mentirosas

- infiéis

- falsas

- fingidas

- hipócritas

Caracterização do Fidalgo:

- nobre (fidalgo de solar)

- vaidoso

- presunçoso do seu estado social

- o seu longo manto e o criado que carrega a cadeira representam bem a sua vaidade e ostentação

- a forma como reage perante o Diabo e o Anjo revelam a sua arrogância ( de quem está habituado a mandar e a ter tudo)

- apresenta-se como alguém importante

- despreza a barca do Diabo chamando-lhe “cortiço”

- a sua conversa com o Diabo revela-nos q além da sua mulher tinha uma amante, mas q ambas o enganavam pois a mulher quando ele morreu chorava mas era de felicidade e a amante antes d ele morrer já estava c outro

- o Fidalgo é, pois, uma personagem tipo q representa a nobreza, os seus vícios, tirania, vaidade, arrogância e presunção

Desenlace:

- Inferno


Auto da Barca do Inferno - Introdução

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Depois de lerem a primeira didascália e a parte da preparação da barca do Inferno, respondam a este questionário, enviando-o em seguida para o mail da prof.

Boas leituras!

Leitura do Auto da Barca do Inferno - compreender o texto dramático

Vamos começar hoje a ler a obra dramática de Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno.
Para compreender melhor este género literário, devem conhecer bem as características do texto dramático. Para tal, visualizem este Powerpoint com a síntese das informações que já leram e ouviram noutros recursos e digam se as afirmações são
verdadeiras, falsas ou incompletas (V/F/ I), numa caixa de comentário, corrigindo as respostas falsas e completando as incompletas.


1- Por norma, no texto dramático não existe um narrador que "conta a história", como no texto narrativo.

2- No texto principal, há momentos de diálogo e há apartes, mas nunca monólogos de personagens.

3- Os apartes devem ser ouvidos pelo público.

4- As didascálias ou indicações cénicas constituem um texto de apoio ao trabalho do encenador.

5- A divisão em cenas equivale à mudança de cenários.

6- Personagens-tipo são personagens que representam grupos sociais, profissionais ou psicológicos.

7- O espaço representado diz respeito aos cenários que recriam o que se pode ler no texto secundário.

8- Uma peça de teatro pode recriar uma situação que durou trinta anos, em apenas trinta minutos.

9- Ao escrever uma peça, as intenções do dramaturgo podem ser de carácter moralizador, crítico ou didáctico.




SOLUÇÕES (comparem as respostas dadas com as correctas; em alguns casos aceitar-se-ia outras respostas, mas estas são as mais completas)

1- V
2- F, também pode haver momentos de monólogo de personagens.
3- I, os apartes devem ser ouvidos pelo público, pressupondo-se que o seu interlocutor não os ouve.

4- I, as didascálias constituem um texto de apoio ao trabalho do encenador, mas também dos actores e outros profissionais do teatro.
5- F, a divisão de cenas corresponde à entrada e saída de personagens.
6- V
7- V
8- V
9- I, as intenções do dramaturgo podem ser de carácter moralizador, crítico, did
áctico ou lúdico.

Webquest: «Descobrir a Vida e a Obra de Gil Vicente»

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

À semelhança do que já fizeram no período passado, vão conhecer o autor e a época da obra dramática que vamos começar a estudar em breve. Vão fazê-lo em grupos de dois/três, através desta Webquest.

Empenhem-se para um mega resultado!

Estes vão ser os vossos grupos de trabalho:

1. Américo e Tiago
2. Daniela e Catarina
3. Liliana e Ivo
4. Vanessa, Daniel Mineiro e Daniel Freire
5. Rafael e Rui

O Teatro no passado








Depois da leitura do Powerpoint abaixo com a Breve História do Teatro, devem ouvir este podcast sobre o Teatro Medieval em Portugal, para posteriormente compreenderem o contexto da obra dramática que iremos estudar. Se tiverem problemas com a audição, podem ouvi-lo aqui.
Depois resolvam o exercício de Hot Potatoes no moodle.

Gigas de pontos!

GV - Breve História do Teatro

Check out this SlideShare Presentation:

Teatro Pequeno Dicionário

sábado, 9 de janeiro de 2010
Check out this SlideShare Presentation:

ABC do Teatro

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Aula de 11/01/10

Consulta a hiperligação e visualiza o Powerpoint acima, para aprofundares os conceitos desta arte dramática.


Breve ABC do Teatro

Resolve agora o exercício de Hot Potatoes no moodle.

M
ega pontuações!

Teatro é espectáculo!

Visualizem este vídeo divertidíssimo!



Numa caixa de comentário, registem todos os termos e expressões relacionados com o TEATRO que consigam ouvir das personagens que intervêm neste trailer.

Escrita colaborativa: mega fixe!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010


Vamos escrever um texto em conjunto a partir das ideias de cada um!

Para tal, basta inscrevem-se neste fórum e participar de acordo com a descrição da tarefa.

Dêem largas à imaginação!


Cá está o resultado final do vosso trabalho colaborativo, devidamente corrigido e adaptado. Espero que gostem!

Estou a fazer o jogo da minha vida!

Para isso, todas as barreiras tenho que ultrapassar.

A titularidade já consegui alcançar.

Agora o jogo devo ganhar!

Mas para ganhar o jogo tenho que ter atenção e orientação...

Conseguir manter o jogo a meu favor é difícil.

Passo muito tempo sozinho a tentar melhorar.
Conseguir derrotar os outros jogadores a todo o momento é um grande desafio para mim.
Mal durmo só para manter a minha pontuação…

Cuidado: não devo comparar a vida a um simples jogo, mas sim com diversos objectivos e várias metas a passar...

Passo noites acordado,
Estou sempre a pensar: "Perdi...Perdi..."
Mas um dia acordo e venço!

A vitória é nossa, jogadores?

Sim, a vitória será nossa se houver confiança

Se fizermos o que a nossa consciência nos dita

O jogo estará mesmo a acabar?

Não: este jogo nunca acaba!